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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

"APERTO DE MÃOS


O aperto de mãos é um hábito tão comum e tão antigo na cultura ocidental que desafio a qualquer um revelar quando apertou pela primeira vez a mão de outra pessoa. Difícil é passarmos um dia inteiro sem apertarmos uma mão alheia.



As mãos são apertadas de imediato assim que encontramos alguém conhecido, bem como o ato é repetido na despedida. Apertamos as mãos para confirmar um negócio fechado ou para garantir a palavra, como forma de inspirar confiança a quem deseja confidenciar algo. Quando se é apresentado a alguém, o aperto de mãos é providência automática.

Todos nós sabemos que um aperto de mãos pode revelar muito da pessoa com a qual estamos em contato. Longe de nós a pretensão de uma análise psicológica, mas quem nunca apertou aquela mão que parece não querer ter sido tocada por você? Estamos falando daquela mão flácida e escorregadia, que não consegue disfarçar o constrangimento da obrigação.



Que diferença do aperto de uma mão firme, dando aquela impressão de segurança e honestidade! Melhor ainda quando a mão esquerda vem em auxílio da direita, para dar mais calor e demonstrar grande consideração.



Há aqueles que apertam com tamanha restrição, que só chegam a tocar as pontas dos dedos, como se estivessem pegando em algo que não presta, como diz um amigo meu.

Existe ainda o aperto relâmpago, exigência imposta pelo corre-corre do dia-a-dia, onde nota-se claramente que está faltando alguma coisa.



Ainda sobre apertos rápidos, temos presenciado e sofrido apertos daquela espécie em que é a próxima mão a que se queria apertar. Explico. Quando se está numa posição geográfica de antecedência a alguém mais importante, os apertadores cumprem a formalidade com tanta celeridade, e sem a menor satisfação, que é inevitável sequer lembrar que o ato ocorreu.



Temos o aperto prolongado, que na maioria das vezes indica satisfação e amizade, mas que vez por outra é indesejável, principalmente quando o participante aproveita para manter a conversa da qual estávamos querendo nos livrar, ou nos arrasta por metros, no estilo rebocado pelo chato.

Pior do que apertar uma mão suja é apertar uma mão molhada, pois invariavelmente faz surgir a dúvida a respeito do líquido misterioso.



Ninguém está livre de acabar de lavar as mãos e ser, logo após, obrigado a apertar uma mão que talvez não tenha recebido, há tempos, o benefício da água e do sabão. O inverso ocorre com lamentável freqüência, ou seja, apertarmos uma mão suspeita e ficarmos com uma ânsia urgente de lavarmos a nossa mão.

Vez por outra nos deparamos com aquela mão simplória, que dá uma limpadinha na calça antes de vir a nosso encontro. A manifestação é tida por muitos como reveladora de respeito.

Aquele aperto de mãos que parece querer triturar nossos ossos é indicador infalível de desequilíbrio psicomotor, quando não for proposital e denunciante de animosidade entre as partes.
No aperto de mãos, são as mãos, naturalmente, as peças fundamentais. Temos as mãos gordas, as magras, as grandes, as pequenas, as quentes e as geladas. Há quem não tenha mãos. Com certeza é desnecessário lembrar que a mão que nos interessa no momento é a do braço direito. Entretanto, não raro somos obrigados a apertar mãos esquerdas, fato que tem acontecido quando a direita está ocupada. E quem nunca apertou um braço estendido e dobrado (cotovelo), sob a alegação de que a mão estaria suja?

O momento do ato também é causa de variação. Imaginemos o encontro de dois cavalheiros, possíveis apertadores, num banheiro público, quando um dos participantes acaba de sair do reservado. Apertar ou não apertar? Eis a questão!
Bem, um tópico importante em matéria de inconveniência é aquela mão feminina, quase sempre uma extremidade de cinco pontas de uma mulher feia, levemente flexionada e com a palma voltada para baixo, pedindo para ser beijada; só superada pelo brutamontes que ao apertar a mão da donzela aflita aproveita para puxá-la, a donzela, com a finalidade de aplicar um beijo quase sempre indesejável, mesmo que no rosto.

E a mão não correspondida? Aquela mão que pede para que ninguém tenha visto sua infelicidade, não importando se a mão que a desprezou o fez para demonstrar propositalmente desafeto, ou se o fato se deu por distração da outra parte. Neste último caso é aceita uma nova tentativa.
Tem ainda a mão idiota, que é estendida e depois recua, com a finalidade confessada de fazer graça. Não gostaríamos nem de lembrar, mas ainda existe por aí aquela mão jocosa que aproveita para fazer cócegas.

A “mão-boba”, por ser um tema bastante vasto, é merecedor de atenção especial. Quer por sua grande incidência, quer por suas variações, é mencionada aqui apenas de passagem, como forma de homenagem, sem que desçamos às minúcias que o caso requer.

Essa cerimônia, o aperto de mãos, em virtude do desgaste provocado pela freqüência, tem sido banalizada. Hoje aperta-se qualquer mão, em qualquer lugar, de qualquer maneira. Existem muitas pessoas que conhecemos há anos, sendo nosso único contato físico com elas o aperto de mãos.

8 comentários:

  1. Quanta coisa sobre aperto de mãos!
    Mais conteudo para eu aprender.

    Um, belo dia.

    Abrçs
    ============================
    Bruno JP Teixeira - O Portuga
    ============================
    Convido vcs a visitarem e seguirem meu blog:
    http://brunojpteixeira.blogspot.com/

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  2. Oi Maria Helena...
    Obrigado por comentar no meu blog, e também por ser seguidora, eu até fiz menção agradecendo por vc ser uma das novas seguidoras.

    A mesagem do comentário é minha assinatura, e por isso fica em todos os meus comentários. (rs).

    Abrçs
    ============================
    Bruno JP Teixeira - O Portuga
    ============================
    Convido vcs a visitarem e seguirem meu blog:
    http://brunojpteixeira.blogspot.com/

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  3. Sério! Como eu vejo? Eu quero ver srrsrsrs..Obrigada!!

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  4. O aperto de mão, como cumprimento de amizade, teve sua origem na Idade Média. Segundo consta, antes do início de um duelo de espadas, os adversários, por exigência do regulamente, eram obrigados a fazer uma saudação (que consistia num abraço) para que pudessem começar a luta. Temendo que o abraço inicial se transformasse num golpe traiçoeiro, os contendores resolveram transformar a praxe do abraço num aperto de mão. O hábito generalizou-se primeiro na Inglaterra, depois na Europa e difundiu-se então pelo resto do mundo

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  5. O aperto de mão é, dependendo da cultura, um gesto social relevante que expressa um sentimento positivo de amizade, afinidade ou confiança entre dois seres-humanos

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  6. Maravilhosa matéria Maria Helena!É muito contagiante um aperto de mãos,quando é dado com toda energia e boas vibrações.Eu só aperto uma vez as mãos de pessoas frias,pois sinto a enegia de quem aperto a mão,se é para abraçar ou apertar as mãos,que seja com toda sinceridade!Bjsss!Parabéns!

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  7. É amiga! Um aperto de mão é uma coisa muito linda na vida do ser humano!
    Num aperto de mãos, muitas linhas se cruzam!Já o aperto de mão, deve ser firme e incisivo, passando uma idéia do seu perfil de personalidade..

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